A historiografia especializada pouco se ocupou com as tentativas de industrialização do maranhão, iniciadas em fins do século XIX — e aqui reside o caráter oportuno da pesquisa de Diogo Guagliardo Neves, um dos grandes nomes da nova geração de historiadores maranhenses.
Um mestre do porte de Jerônimo de Viveiros advogou, em sua obra, que a industrialização no estado foi ocasionada pela abolição da escravatura (1888): os agricultores, em dificuldade, transferiram os seus capitais para a indústria. Diogo Guagliardo Neves em sua pesquisa, chega à conclusão distinta da defendida pelo autor da clássica história do comércio do maranhão: embora a abolição tenha contribuído, o principal fator do processo de industrialização do Maranhão foi a mecanização dos engenhos, o que demonstra o dinamismo dos empresários do período, frequentemente apresentados como de pouca visão empreendedora. A Cânhamo — uma história fabril e familiar abre, portanto, espaço a um amplo horizonte de debates e pesquisas.
Diogo Guagliardo Neves é Doutor em Ciências Sociais e sócio-titular do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM). No momento, está escrevendo um livro sobre as instituições monárquicas, também a ser publicado pela Livraria Resistência Cultural Editora.
Ficha Técnica
Autor: Diogo Guagliardo Neves
Texto das Orelhas – Lino Moreira
Projeto Gráfico, Capa e Diagramação – Caroline Rêgo
Formato: 14 x 21 cm
Número de Páginas: 280
Acabamento: Brochura
ISBN: 978-85-66418-21-7
Edição: 1ª
Ano: 2019
Loja virtual da Livraria Resistência Cultural Editora.